São Luís é uma cidade rica em história e cultura, mas também é palco de diversas lendas e histórias que foram passadas de geração em geração, enraizando-se no imaginário popular. Entre as narrativas mais marcantes, destacam-se a lenda da carruagem de Ana Jansen, a da Serpente, a lenda da Manguda e a da praia do Olho d’Água. Conheça mais sobre elas.
Lenda da carruagem de Ana Jansen
A lenda mais famosa, sem dúvida, é a da carruagem de Ana Jansen. Segundo o mito, Ana Jansen, conhecida como Donana, foi condenada a vagar eternamente pelas ruas do centro histórico de São Luís em uma carruagem fantasmagórica, devido às suas crueldades passadas. A carruagem, conduzida por um escravizado ensanguentado e puxada por cavalos decapitados, parte do Cemitério do Gavião nas noites de sexta-feira. Apesar de a lenda focar na suposta crueldade de Ana Jansen, é interessante notar que ela foi uma respeitada líder política no século XIX, chefiando de fato o Partido Liberal no Maranhão imperial.
Lenda da Manguda
No final do século XIX, a lenda da Manguda assombrava a região da Praça Gonçalves Dias. Descrita como um fantasma com luz emanando do corpo, a Manguda causava medo entre os moradores. No entanto, a verdade veio à tona quando descobriram que as aparições eram, na realidade, bandidos contrabandistas fantasiados com lençóis, usando o folclore local para esconder suas atividades criminosas.
Lenda da praia do Olho D’água
Conta-se que, há muito tempo, uma aldeia indígena ocupava onde está localizada a praia do Olho d’Água. A filha do cacique Itaporama apaixonou-se por um jovem da tribo, mas o rapaz também conquistou o coração da mãe d’Água. A entidade seduziu o jovem, levando-o para seu palácio encantado no fundo do mar. A filha de Itaporama, desolada, chorou até morrer e de suas lágrimas surgiram duas nascentes que deságuam no mar até hoje.
Assim, São Luís se revela não apenas como um lugar de beleza e história, mas como um cenário rico em lendas que, permeadas pelo mistério e pelo sobrenatural, refletem aspectos fascinantes da cultura e da imaginação popular dos moradores da ilha.