A capital maranhense se destaca como um ponto de encontro da diversidade, oferecendo experiências únicas para o público LGBTQUIA+

O turista que procura uma opção que une belezas naturais e diversidade tem que colocar no seu roteiro a cidade de São Luís. A capital maranhense que já é conhecida por suas ruelas de paralelepípedos, casarões coloniais e belas praias, emerge como um destino turístico inclusivo para a comunidade LGBTQUIA+. 

Com uma atmosfera acolhedora, uma cena cultural efervescente e uma série de eventos e atrações voltados para esse público, São Luís está se destacando como um ponto de encontro da diversidade no nordeste brasileiro.

Conhecida também como Ilha do Amor, a cidade tem uma vida noturna surpreendentemente animada, que atende a diversos gostos e preferências, com bares e boates gay-friendly localizados no Centro Histórico, Praia Grande, Ponta d’Areia, em bairros como Turu, São Cristóvão, Cidade Operária, João de Deus, entre outros, que oferecem uma experiência noturna com música, dança e diversão. Em alguns restaurantes, bares e hotéis da cidade é possível notar a bandeira do arco-íris ou avisos do tipo “Homofobia é crime”, demonstrando seu apoio à comunidade LGBTQUIA+.

A cidade também é conhecida por seus arraiais juninos, que abraçam a diversidade onde em alguns deles é possível assistir apresentações de quadrilhas juninas com temática LGBTQUIA+. Uma outra opção fora da temporada junina são os eventos e festivais que celebram a diversidade, como por exemplo, a Parada pelo Orgulho da Diversidade LGBTQUIA+, que anualmente agrega inúmeras atividades, incluindo debates sobre diversidade, desfiles de moda e shows, criando um espaço de celebração e conscientização. A bela ilha é também lar de artistas e músicos que expressam suas identidades e histórias em suas obras, contribuindo para uma cena artística diversificada.

Uma curiosidade interessante, é que em São Luís, gay é chamado de “qualira”.  Existem algumas teorias para essa nomenclatura exótica, mas todas giram em torno da mesma fonte: o instrumento musical “lira”. Uma das histórias relacionadas a lira ao universo LGBTQUIA+ maranhense, consta que alguns foliões que se fantasiavam tocando o instrumento no carnaval de forma “afeminada”.  E aí quando iam se referir a algum gay perguntavam: “você é do bloco do com a lira”. Com o tempo, a expressão foi tomando espaço na linguagem popular e com o passar do tempo, a expressão “com a lira”, se tornou a palavra “qualira”.

A Ilha também ficou marcada na história de sua fundação pelo registro do primeiro caso de homofobia documentada no Brasil. A vítima foi o índio Tibira que foi amarrado à boca de um canhão e explodido. O índio tupinambá foi perseguido por franceses, e executado por ser homossexual em 1614. Como forma de conscientização aos crimes de homofobia, ergueram em sua uma homenagem uma lápide esculpida em bronze colocada no mesmo lugar onde ocorreu o seu martírio. 

A capital maranhense tem se esforçado para promover a inclusão e a diversidade em suas atrações turísticas e empreendimentos. Para isso, a Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Turismo (Setur), se filiou à organização IGLTA – Associação Internacional de Turismo LGBTQIA+ – com objetivo de promover e expandir o turismo neste segmento em São Luís.

 A IGLTA é uma organização mundial focada no público LGBTQIA+ que visa promover a segurança e igualdade para o turismo de todos. A Setur se juntou à organização buscando recursos e informações para promover e fortalecer o turismo para o público LGBTQIA+ nacional e internacional. A intenção é potencializar este segmento na Ilha do Amor, aos turistas apresentando bares, restaurantes e outros locais voltados ao público LGBTQIA+ que podem ser visitados durante uma viagem. 

Em resumo, São Luís emerge como um destino turístico que se firma como um ponto de encontro da comunidade LGBTQUIA+. A capital maranhense se destaca como um local onde todos são bem-vindos para celebrar a vida e a diversidade, tornando-a um destino imperdível para viajantes que buscam uma experiência autêntica e inclusiva.