Encravadas entre casarões coloniais e ladeadas por árvores centenárias, as praças de São Luís integram um roteiro onde é possível utilizar esse espaço para o relaxamento e para a observação do patrimônio histórico e da dinâmica do Centro Histórico da cidade.

Praça Nauro Machado

É uma praça localizada no Centro Histórico de São Luís. Foi construída em 1982, com o nome de Praça da Praia Grande. Em 2001, ganhou a denominação atual, em homenagem ao poeta maranhense Nauro Machado. O local é um pontos turísticos mais visitados da cidade. É um dos mais importantes espaços públicos do Centro Histórico, sendo palco para manifestações culturais como apresentações de Bumba Meu Boi, festivais de música e de teatro de rua. Além disso, é um ponto de encontro, em razão dos vários bares e restaurantes localizados nas imediações. Nessa praça, também se localiza o Teatro João do Vale, ao lado do qual fica a conhecida escadaria da Praça Nauro Machado. 

Praça Benedito Leite

A Praça Benedito Leite situa-se entre as Ruas de Nazaré, Palma e o Beco da Sé, portanto num dos sítios mais antigos de São Luís. Era conhecida, originalmente, como Largo Velho do Val, ou Vale, e em suas imediações funcionou o Recolhimento de Nossa Senhora da Anunciação e Remédios para moças donzelas, fundado pelo padre jesuíta Gabriel Malagrida. A praça recebeu esse nome em homenagem ao Governador, no aniversário de seu falecimento. Após a morte de Benedito Leite, no governo de Luís Domingues, foi formada uma comissão encarregada de erigir uma estátua em memória do ilustre estadista. A estátua foi executada em Paris pelo escultor francês François Emile Decarchemont, tendo sido inaugurada na manhã do dia 28 de fevereiro de 1912. Benedito Leite está representando sem uma mão na estátua, pois teria dito “prefiro cortar a mão a assinar a supressão da escola Normal ou Modelo”, em um momento de crise econômica e corte de gastos. A frase foi grafada em uma placa de bronze junto à estátua. Desde 2017, aos domingos, a praça recebe parte das atividades da Feirinha São Luís, organizada pela Prefeitura, reunindo produtos agroecológicos, exposição e comercialização de artesanato, artes plásticas e literárias, gastronomia e apresentações culturais locais, como o Tambor de Crioula e o Bumba Meu Boi, além de shows de artistas locais. 

Praça Gonçalves Dias

É um dos mais belos cartões postais de São Luís. Tem denominações populares de Largo dos Amores (por ser um ponto de encontro de namorados) e Largo dos Remédios (por causa da igreja), como descrito na obra O Mulato, de Aluísio Azevedo. O local possui uma coluna com a estátua do poeta Gonçalves Dias na praça, inaugurado em 1873. A praça se desenvolve em vários planos, em razão do declive natural do terreno, sendo interligados por várias escadarias, algumas ladeadas por guarda corpos de alvenaria. A estátua de Gonçalves Dias fica localizada ao centro da Praça. À direita da praça, há um coreto circular, um dos poucos locais protegidos da forte insolação e da escassez de árvores de sombra, pois a praça é dominada pela presença das palmeiras, cantadas no conhecido poema Canção do Exílio: “Minha terra tem palmeiras”. Situada em local elevado, possibilita uma visão panorâmica da cidade, com a Avenida Beira-Mar e o rio Anil. A Igreja dos Remédios e o Palácio Cristo Rei, que abriga o memorial da Universidade Federal do Maranhão, se localizam em frente à praça. Abaixo da praça, acessível por meio de escadarias, estão a Praça Maria Aragão e o Memorial Maria Aragão.

Praça João Lisboa

É um dos mais antigos logradouros da cidade de São Luís do Maranhão. O nome Largo do Carmo está relacionado com o Convento e a Igreja do Carmo, mas ganhou  o nome de Praça João Lisboa em homenagem ao jornalista e escritor João Francisco Lisboa, em 1901. Em 1918, foi inaugurado um grande monumento de bronze com pedestal de mármore, feita pelo escultor francês Jean Magrou, em homenagem a João Lisboa. Nela estão as cinzas do ilustre patrono da cadeira nº 11 da Academia Maranhense de Letras. A praça está ligada a fatos históricos importantes como a batalha entre holandeses e portugueses, ocorrida em 1643, o local da primeira feira ou mercado da cidade, do primeiro abrigo público e do pelourinho destruído após a Proclamação da República. Também recebeu diversos movimentos políticos e sociais históricos da cidade.

Largo do Carmo

É um dos mais antigos logradouros da cidade de São Luís do Maranhão. O nome Largo do Carmo está relacionado com o Convento e a Igreja do Carmo, mas ganhou  o nome de Praça João Lisboa em homenagem ao jornalista e escritor João Francisco Lisboa, em 1901. Em 1918, foi inaugurado um grande monumento de bronze com pedestal de mármore, feita pelo escultor francês Jean Magrou, em homenagem a João Lisboa. Nela estão as cinzas do ilustre patrono da cadeira nº 11 da Academia Maranhense de Letras. A praça está ligada a fatos históricos importantes como a batalha entre holandeses e portugueses, ocorrida em 1643, o local da primeira feira ou mercado da cidade, do primeiro abrigo público e do pelourinho destruído após a Proclamação da República. Também recebeu diversos movimentos políticos e sociais históricos da cidade.

Praça da Faustina

Localizada na Rua do Giz no Centro Histórico, essa praça também é conhecida como Praça do Tambor de Crioula, devido a utilização desse espaço por grupos da manifestação cultural que é uma das mais tradicionais do Maranhão. Inaugurada em 1986, a praça abriga uma capela dedicada a São Benedito, considerado o protetor dos negros na Igreja Católica.

Praça Deodoro

Por meio de uma Lei Municipal, em 15 de Agosto de 1868, o Largo do Quartel passou a se chamar Praça da Independência. Com o advento da República, recebeu a denominação de Praça Deodoro, em homenagem ao primeiro presidente do Brasil. A Praça Deodoro corresponde ao quadrilátero localizado em frente à atual Praça do Pantheon, sendo por vezes confundida com as Alamedas Silva Maia e Gomes de Castro. A praça conta com itens de acessibilidade, caramanchões, bancos de pedras de lioz, sistema de iluminação e paisagismo com a plantação de arbustos nativos.

Praça do Pantheon

Com a demolição do Quartel, no final da década de 30 (e sua transferência para o bairro do João Paulo, em 1941), foi construída a Biblioteca Pública Benedito Leite, em 1950; e a Praça do Pantheon ganhou a atual denominação em sessão da Câmara Municipal de 29 de março de 1954, por sugestão do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM). A Praça do Pantheon tem como limites: a Avenida Silva Maia (ao norte), a Avenida Gomes de Castro (ao sul), a Travessa do Galpão, a Biblioteca Benedito Leite, Sesc, Parque Urbano Santos e Liceu Maranhense (leste) e a Praça Deodoro (oeste). Na Praça do Pantheon, encontram-se homenagens a grandes escritores e intelectuais maranhenses, sendo os primeiros bustos instalados os de Artur Azevedo (1954) e Raimundo Correia (1954). Ao longo dos anos, outros bustos foram sendo inaugurados, ou transferidos de outros logradouros para a praça.

Praça Maria Aragão

A construção da praça e do memorial foi uma homenagem do povo de São Luís à médica comunista Maria Aragão, que entrou para a história da política maranhense com seu exemplo de dignidade e coragem na luta pela democratização do país. Sua história tem origem na extrema pobreza, mas ela logo parte em busca da superação da fome, do preconceito(por ser negra e mulher no início do século passado), da agressão e da perseguição do sonho de ajudar a humanidade. Dotada de um grande senso de liderança, enfrentou as oligarquias políticas, em pleno regime militar na década de 1960, e sofreu as perseguições promovidas pela ditadura. O projeto oferece à população – além do Memorial que abriga um acervo com fotos e objetos pessoais da homenageada – um espaço para manifestações populares e artísticas com palco e camarins. O arquiteto Oscar Niemeyer era amigo pessoal da médica Maria Aragão e realizou o projeto que é dotado de estruturas com grandes balanços e curvas monumentais, desenvolvidas com lajes duplas nervuradas, nas quais foram utilizados materiais de alta tecnologia. O espaço conta ainda com lanchonetes, sanitários, auditório e jardins.

Praça Pedro II

É um logradouro que concentra o Palácio de La Ravardière (sede da Prefeitura), Palácio dos Leões (sede do Governo do Maranhão, Palácio da Justiça (sede do Tribunal de Justiça), a Igreja da Sé, o Museu de Arte Sacra e muitos outros prédios seculares e de grande importância histórica que atraem os visitantes. A praça fica localizada no local escolhido para repouso pelos franceses, em 1612, quando fundaram a cidade e construíram o Forte São Luís. Em 2 de dezembro de 1925, ganhou a denominação de Praça Pedro II, em homenagem ao centenário do imperador. No início da década de 1950, foi instalada a escultura Mãe D’Água, do escultor maranhense Newton Sá. A escultura foi premiada com a medalha de prata do Salão Nacional de Belas Artes, em 1940. Entre 2005 e 2018, a escultura esteve localizada no Museu Histórico e Artístico. Durante o período natalino, a praça e os prédios ganham decoração e iluminação especial, tornando-se um grande atrativo para moradores e turistas.

Praça da Alegria

Essa praça já foi conhecida como Largo da Forca Velha, já que antigamente no centro da Praça foi erguida uma forca onde os condenados eram executados. Inspiradas na circunstância de que os pobres condenados, vistos de longe, pareciam pular de contente, logo que eram soltos no espaço com a corda no pescoço, em 1849, passou a ser chamada de Praça da Alegria para tentar apagar o estigma do passado.  Hoje é um centro de vendas de flores e um belo recanto para passar as tardes sentado em seus bancos para ler um livro ou mesmo passear sob sua frondosa arborização.

Praça Antônio Lobo

Em virtude da construção da Igreja e do Convento de Santo Antônio (1624) este espaço era denominado de Largo de Santo Antônio. Em 1917, através da Resolução da Câmara Municipal de 10 de Abril deste ano, passou a chamar-se de Praça Antônio Lobo, homenagem a Antônio Francisco Leal Lobo, grande escritor maranhense. Nela encontramos também as Capelas das Irmandade de Bom Jesus dos Navegantes e Bom Jesus da Coluna, que realizam as tradicionais procissões quaresmais em São Luís e a Escola Modelo.

Praça Odorico Mendes

Fica localizada entre as ruas dos Remédio e das Hortas. Em 1905, foi inaugurado o busto de Odorico Mendes, colocado em frente à Rua dos Remédios, assentado num pedestal estilizado, sob o qual descansam os ossos do Tradutor de Homero e Virgílio, em fiel conciso verso português, transladados de Londres, do cemitério de Kensal-Green, em 1913. Recentemente a praça foi contemplada com a substituição do piso cimentado, recuperação dos bancos, troca das lixeiras e ajardinamento. 

Praça da Misericórdia

Essa praça teve originalmente o nome de praça Afonso Saulnier de Pierrelevée, em uma homenagem direta ao primeiro médico cirurgião do Maranhão e um dos primeiros da Região Nordeste do Brasil a implantar uma prótese em membro inferior (perna), em uma escrava de sua propriedade. A praça está situada entre as ruas de Santa Rita e do Norte. Atualmente denomina-se Praça da Misericórdia, em função de estar próxima ao hospital Santa Casa de Misericórdia.

Praça do Comércio

Uma praça de muitas histórias. Segundo os pesquisadores, no ano de 1868, comerciantes da Praia Grande fizeram da praça um palco de grande confusão. Muitas pessoas foram presas sob suspeita de uso de cédulas falsas no comércio. A praça é portal de entrada do Centro Histórico de São Luís para quem chega por mar ou por terra. Também recebeu vários nomes como Fran Paxeco e Praia Grande.

Praça Valdelino Cécio

Essa praça recebe esse nome em uma homenagem ao advogado, poeta, escritor e pesquisador da Cultura Popular Maranhense. Também é conhecida como Praça da Pacotilha, já que em seu lugar havia um casarão que foi derrubado para dar lugar a praça, e no imóvel derrubado funcionava o  famoso jornal ‘A Pacotilha’ em meados do século XIX. Está situada na Rua do Giz, esquina com o Beco da Pacotiha e propicia aos frequentadores uma bela vista do bairro da Praia Grande. O espaço é utilizado para realização de manifestações culturais como rodas de capoeira, Tambor de crioula, performances e espetáculos de grupos de cultura popular.

Praça da Saudade

Localizada entre a Rua do Norte e a Rua do Passeio, antigamente era denominada praça do Campo Santo. Mais tarde foi chamada de Praça do Gavião e de Praça do Cemitério, dada a sua proximidade com o tradicional Cemitério do Gavião. No início da década de 1930 teve seu nome mudado para Praça da Saudade. Localizada no festivo e cultural bairro Madre Deus, essa praça se caracteriza por ser um dos mais importantes locais de concentração e apresentação de grupos juninos e carnavalescos, além de um importante espaço de convivência dos moradores da região.